No século XV, Leonardo da Vinci descobriu o princípio da rotação e percebeu que o atrito seria reduzido caso as esferas não se tocassem. Com essa ideia, ele criou separadores que permitiam que as esferas se movessem livremente.

O avanço dos primeiros "rolamentos de esferas" foi significativamente impulsionado pelo desenvolvimento da bicicleta. Após algumas modificações nos projetos, surgiu o que ficou conhecido como "rolamento tipo cone", no qual os anéis formavam uma estrutura cônica.

Desenho do rolamento idealizado por Leonardo da Vinci

Ao longo de sua evolução, o rolamento passou por diversas fases, adaptando-se às necessidades de cada época. Com isso, surgiu uma versão essencial que continua sendo utilizada nos carros até hoje: o rolamento autocompensador de esferas de duas carreiras.

Com a Revolução Industrial no século XVIII, os rolamentos passaram a ter um papel fundamental no progresso tecnológico. Nesse período, a crescente demanda por máquinas mais eficientes e com maior capacidade de produção acelerou o desenvolvimento de componentes mais sofisticados.

Um marco importante desse avanço foi a patente do primeiro rolamento na Inglaterra. Seu design inovador consistia em um eixo de carruagem com esferas posicionadas em ranhuras semicirculares, o que permitia um movimento mais suave e reduzia o desgaste das peças.

Essa inovação foi essencial para aumentar a eficiência e a durabilidade das máquinas industriais, impulsionando a produção em massa e promovendo avanços significativos em diversos setores industriais.

Após a Revolução Industrial, os avanços tecnológicos provocaram grandes mudanças nos rolamentos. No século XIX, o foco da inovação foi em materiais mais duráveis e resistentes, além de designs aprimorados, o que resultou em maior eficiência e prolongamento da vida útil dos componentes.

A introdução de metais como o aço marcou uma era de maior robustez e confiabilidade. Esses novos materiais permitiram que os rolamentos suportassem cargas mais pesadas e operassem em condições mais exigentes.

No século XX, a precisão tornou-se a principal preocupação, com a produção de rolamentos com tolerâncias mais rigorosas e desempenho superior. Isso possibilitou a aplicação em setores de alta tecnologia, como o aeroespacial e o automotivo.

Hoje, a pesquisa segue em direção a materiais inovadores, como cerâmicas e polímeros, com o objetivo de aumentar a eficiência energética e promover a sustentabilidade. Combinando leveza e resistência excepcionais, esses materiais têm se destacado como soluções-chave para a criação de componentes mais duráveis e eficientes.